Hoje é para muitos um dia de celebração e reflexão. Bem, para mim não era para ser.
A noite de hoje, nos últimos anos, serviu como um pretexto para me juntar com amigos, quase sempre em minha casa, e servir-lhes os meus melhores pratos. Há 2 anos que assim não é. Fiz um esforço por não reflectir sobre 2023, mas acabei por cair na tendência das redes sociais, criando e revendo o vídeo do meu ano na minha cabeça. E adivinhem? Se eu pudesse recriá-lo, sem dúvida que teria sido muito diferente. Não que não valorize o que de bom aconteceu na minha vida que, dadas as circunstâncias, ainda foram algumas coisas. Mas não vou mentir. Grande parte dele foi passado isolada, em constantes processos de adaptação, aceitação, auto-aceitação e luto, com um esforço contínuo em ver o lado positivo aqui e acolá e em alimentar a minha esperança, a gerir expectativas, ansiedade, frustração, revolta, medo, stress e (im)paciência, e em que particularmente durante 2/3 meses me senti apenas um corpo a sobreviver (nunca conheci uma sensação de vazio tão grande). Felizmente, rodeada das pessoas e animais certos, os que estiveram sempre e incondicionalmente ao meu lado e percorrem todo este caminho comigo, tudo isto foi mais fácil e mais divertido e fui tendo um sentido para os meus dias.
Ainda assim, sei que não me posso queixar muito e por isso todos os dias agradeço um sem número de coisas que a vida continua a dar-me, mantendo a esperança de cumprir os sonhos que guardo no meu coração. E é com este acto que celebro a vida diariamente, pelos milagres que me proporciona que não são de todo garantidos, mas sim uma dádiva 🥂🤍✨
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